quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Tentativa de alto convencimento


"Dizem que sou louco por pensar assim
Se eu sou muito louco por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz
E não é feliz, não é feliz."

(...)

"Sim sou muito louco, não vou me curar
Já não sou o único que encontrou a paz

Mas louco é quem me diz
E não é feliz, eu sou feliz"

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Movimento Roubado


Já era noite, ou ao menos, achava que era. Não fazia mais diferença, o ócio daquela vida - e que ela própria se condenou - tornava a passagem do tempo, inexistente. Talvez, não lhe importasse mais se era dia ou noite.
Às vezes, deitava-se ao chão na esperança de tornar-se mobília. Não acreditava que fosse algo impossível, afinal, o que é algo possível? Não ansiava ser um quadro nem um belo móvel, não queria ser notada, não possuía a vontade de ser protagonista ou figurante da sua vida, nem da de ninguém. Queria ser um nada, por isso um móvel velho e mal acabado, com traços grosseiros e semblante indiferente.
Passou a renegar o sentir e a todos os sentimentos que por tanto tempo prezara e achara sacros. Não lhe importava mais nada, o viver - para ela - se tornou algo trivial.
Mobília? Por que não? Não é uma má idéia - e de tanto pensar, parada, deitada ao chão, notou que aos poucos seus músculos começavam a se enrijecer...Ficaria feliz, se não tivesse aos poucos o seu próprio sentir, se esvaindo de si.
Sentia, ou melhor, não sentia que agora, pela primeira e última vez um pedido seu foi, por final, atendido.

domingo, 9 de setembro de 2007

Eu Sei, que Vou te Amar


eu sei que vou te Amar
Por Todà a minha Vida. eu vou te amar
em cada despedida eu Vou te amar
desesperadamente, eu sei que ou te Amar
e Cada Verso, meu será
prá te dizer que eu sei que Vou te amar
por toda minha vida
eu sei que vou Chorar
A Cada Ausência. tua eu vou chorar
mas Cada volta tua há de apagar
o que esta Ausência tua Me Causou
eu sei que vou Sofrer. a Eterna desventura de viver
a Espera...de Viver Ao Lado Teu,
por Todà a minha Vida.


segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Começo/Fim/Começo


Nada mais me toca. Não há sensação. Por mais uma temporada foi-me tirado tudo. A ausência de luz tornou-se perene. E isso. Não mais me incomoda.
Não haverá mais lamúrias. Não se ouve mais gargalhadas insanas de alma louca. Sem som...
Haverá, então, algo que viria a me alcançar? Surgirá vida da carne podre? Não creio... O que havia lá apenas se esgotou, secou ou simplesmente virou pó. Tornou-se navalha sem corte, varinha sem condão. Tendo como um destroço de mão, o porta-voz de minh'alma poente.
Se algum dia vivi, não foi por mérito meu. Mas quando me for, creio que será. Não faço mais uso da lógica, pois nem ela mais me faz sentido. Não faço mais questão de distinguir o bem e o mal. Sabê-lo não me faz mais jus.
Se há pouco ainda houve algum Deus ou algum Demônio, hoje eles se dissipam. Agora, não faz mais diferença. Se forem o mesmo ser ou criaturas completamente antagônicas. Que seja. Isso não mais me convém.
Tudo é insípido, inodoro, incolor. A graça da vida se esvaiu. Creio que nem o coração mais bate. Essa carcaça moribunda, restos de mim. Não vive, sobrevive.



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Tragédia medíocre e melodramática.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Imperativo


Não sejas tu!
Não sejá você!
Não sejamos nós!
Não sejais vós!
Não sejam vocês!

Sê tu!
Seja você!
Sejamos nós!
Sede vós!
Sejam vocês!

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(Clichê ou não, é o que é.)

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Via Láctea


"Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho
Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz

Mas não me diga isso
Hoje a tristeza não é passageira
Hoje fiquei com febre a tarde inteira
E quando chegar a noite
Cada estrela parecerá uma lágrima

Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza das coisas com humor

Mas não me diga isso
É só hoje e isso passa
Só me deixe aqui quieto
Isso passa

Amanhã é um outro dia
Não é?

Eu nem sei porque me sinto assim
Vem de repente um anjo triste perto de mim
E essa febre que não passa
E meu sorriso sem graça
Não me dê atenção

Mas obrigado por pensar em mim

Quando tudo está perdido
Sempre existe uma luz
Quando tudo está perdido
Sempre existe um caminho

Quando tudo está perdido
Eu me sinto tão sozinho
Quando tudo está perdido
Não quero mais ser quem eu sou

Mas não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado por pensar em mim

Não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado por pensar em mim"

Renato Russo

sábado, 21 de julho de 2007


"O meu egoismo é tão egoista
que o auge do meu egoismo é querer ajudar"